Lobo em pele de cordeiro

15/10/2011

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Foi tudo tão rápido... não sei descrever como você veio parar em meus braços...
Quando voltei ao mundo... tu já estavas em meio as minhas pernas, seus cabelos estavam enroscados em meus dedos e sua boca se deliciava com a minha...
Contato intenso! Cheio de desejos e entusiasmo...
Era tanta sede! 
Seu sangue me chamava a muito tempo... me hipnotizava todos os dias... seduzia meu olfato... mas...
Um anjo não poderia se juntar a um demônio...
Como uma pecadora sem alma, como eu, poderia cobiçar um dos seres mais nobres do paraíso?
Não sei... só sei que era impossível não quere-lo... desfrutar cada milímetro do seu ser... arrancar-lhe a pele pura...
Ah doce menino...
Seu toque marcou minha cútis...
Foi um duelo de titãs!
Quem tem o maior poder?
A vampira e sua corrente de Andrômeda?
O anjo, com sua força celestial?
Uma batalha instigante... corpos competindo pela dominação... sendo marcados pela luta... mordidas, arranhões e muito sangue... meu néctar... doce néctar...
Mas ainda assim não consegui te converter a meu inferno... por quê?
Meu fogo não é mais atraente do que a luz dos Serafins?
Sei que minhas trevas afasta os puros... mas será que tu es tão imaculado assim?
Tu mentes, engana e manipula, onde está a pureza?
Adormecido pareces um cordeiro indefeso, mas mal sabem as mais tolas almas que tu es um verdadeiro lobo!
Fala doce, lábia maligna, uivo penetrante...
Dominas meio mundo...
Mas esta que vos fala jamais quis ser sua serva, tu sabes disso...
Não morri para me render a um anjo caído.
Te quero sim... e não te quero pouco...
Sua carne é fresca e dá uma ótima refeição!
Mas não pense que sou sua serva... mesmo que não consiga controlar meus instintos selvagens, não significa que serei sua marionete...
São anos de trevas, séculos de solidão, muita fome, muita sede...
Sedenta sim...
Pela sua morte!

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03/09/2011

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Menino arredio, fruto da bondade e da moral, cordeiro de abate
Acuado pela tentação devassa, o fruto proibido porém consumível
Por que foges de mim menino?
A inocência juvenil já não habita o meu ser, Lolita é morta...
A noite criou uma besta feroz, sedenta de sangue fresco, de carne humana, de paixão, de instintos e desejos
O véu que me cobre não é branco como o das virgens
O véu que me cobre é vermelho ardente, pecado iminente
Alva é apenas a pele fria que toca sua cútis ressabiada
Gelo e fogo em um mesmo corpo
Corpo este, que luta para não alcançá-lo
Por que renegas a chama que te consome? O desejo que te inflama?
O pior que ouço sua boca dizer não e seu corpo gritar sim!
Permita-se, liberte-se das amarras que te impedem de desfrutar o mais sublime Carpe Noctem...
Afague minha insanidade, deleite-se com meu néctar
Mostre-me o seu poder, transforme-me em um sua messalina...
Arranque-me da distância e jogue-me na cama
Deixe minha boca percorrer seu membro viril até a explosão dos sentidos...
Possua-me com todos os seus instintos animais e arrebata-me com a fúria bestial que adormece dentro desse ser amedrontado...

Viva!!!

19/08/2011

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Olhar hipnotizante
Sorriso fascinante
Fala delirante
Corpo de diamante
Ser do pecado
Maliciado
Condenado...
Por que agora? Nesse momento? Nessas circunstâncias?
Acaso?
Destino?
Sintonia?
Não sei...
Tão perto e tão distante...
É inevitável não te querer!
Não sentir o desejo pulsar entre as pernas...
Não sentir o calor percorrer a cútis em chamas...
É impossível não imaginar sua boca na minha...
Seu corpo dentro do meu...
Os meus caninos rasgando-lhe a pele excitada...
Doce sangue
Ebulido pelo tesão que percorre cada milímetro dos nossos seres...
Tensão!
Tesão!
Uma noite apenas?
Não...
Cem anos em um minuto...
Uma eternidade...
Assassinada pelo medo da moral...
Pelo medo das cores que rompem o cinza da rotina alienante...
Se permitir...
Viva meu doce menino!
Rompa os grilhões que te prendem ao marasmo...
Volte a ter sede
A minha sede
Beba de minha intensidade, de minha eternidade...
Perca o medo da vida!
Minha doce criança bandida...

Minha Matrix

11/08/2011

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Estava eu presa a minha alienação quando você me envolveu em seus braços...
Me trouxe segurança, me trouxe o calor, me trouxe a esperança de me tornar humana novamente...
Seus braços fortes me embalaram com tanto afeto... sua respiração ofegante em minha nuca eriçaram toda minha cútis, foi um arrepio profundo e você adorou... se sentiu poderoso e de fato tomou o poder!
Enlaçou-se em mim e tirou-me a alma...um beijo...
Apenas um beijo e todo meu ser se dilacerou de desejos... chama de Dante, pecado cristão, amigo de Lúcifer...
Sociedade idiota!
Que mau há em querer possuir?
Que pecado há em se entregar de corpo e alma?
Que mal há em amar?
Que mal há em ser poeta e proferir o mundo que vejo? O mundo que desejo...
Quero você, só você!
Para meu tormento tudo não passou de um sonho...
E você continua meu, apenas em minha Matrix!
Como posso estar dominada por um humano?
Sem nem ao menos ele ter sido minha presa e eu ter saboreado o seu sangue?

Sonhos irreais

02/08/2011

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Como queria jamais acordar...
Era um sonho tão lindo...
Você me possuia tão delicamente...
Com tanto desejo e afeto...
Era surreal demais para minha realidade mundana...
O meu desejo é tresloucado!
Cheio de paixão, furor, insanidade!
Quero rasga-lhe a alma... consumir-te em fogo...
Dilacerar o seu corpo...
Sugar sua essência!
Beber-te o sangue até a última gota...
Fazer-te meu, só meu...
Minha presa indomável...

Só pro meu prazer...

27/07/2011

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Bem, o fato de ser vampira já não é nenhuma novidade, logo a eternidade me condena... mas hoje vim lhes contar uma história que presenciei a muitos anos atrás... em Verona.
Havia naquela cidade duas famílias, os Montéquios e os Capuletos, inimigos que cultuavam o ódio, a raiva, a vingança, a inveja, a morte... enfim... todos os males da humanidade.
Mas no meio de tantos rancores, assim como a flor de lótus, nasceu um sentimento, singelo e único, entre dois jovens, o amor, Romeu e Julieta!
Amor, para estes, um sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro... o que os levou a morte...
Mas, por que compartilhar todos esses fatos?
Porque hoje, senti saudades do furacão que devastou minha morte... para os ainda inocentes, um amor igual ao de Verona, para mim, uma outra definição... amor... conjunto de fenômenos cerebrais e afetivos que constituem o instinto sexual... logo... desejo... apetite, cobiça, vontade de possuir ou de gozar...
Foi assim, no auge de uma caça, em tempos difíceis, afinal esconder minha identidade em meio aquela luta familiar, não era nada fácil... que encontrei meu anjo caído... um ser de luz que perturbou minha sombria alma...
A noite já havia caído, era um beco, uma criança, um órfão, uma fome inexplicável, a sede me consumia, o animal despertava dentro de mim, dilacerei ao meio aquele ser insignificante, mas... em meio a minha fúria sedenta surge, nas trevas, um ser hipnotizante...flagrou-me coberta por um véu de sangue, olhos de fera, a besta!
Seus olhos meigos tiraram-me do estupor bestial, me senti como uma gata indefesa, cheia de culpa e vergonha...
Calmamente ele se aproximou de mim, sua respiração era tão quente, o cheiro de seu sangue era tão chamativo e seu olhar... tão perturbador...
Fiquei tão extasiada diante de tal figura... baixei minha guarda...
Desejava-o, queria possuí-lo, consumir suas dúvidas, deleitar-me em seus braços... mas o que tive foi uma cicatriz em meu peito, uma cruz sinalizada por seus dedos morais, a reflexão dos pecados...
Como me angustiava esse furacão...
Totalmente insandecida, não resisti a sua pureza, toquei seus lábios, que Verbena magnífica, um beijo, uma audácia, um desejo, um devaneio...
Porém o medo me dominou e dali fugi acuada.
Cheia de desejos, de apetite, de culpas...
Mas com gosto da Verbena mais pura que já provei...
E hoje te reinventei só pro meu prazer...

25/05/2011

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Desejo te ter em meu braços, em meus beijos, entre minhas pernas, dentro de minha alma....
Sonhos... apenas sonhos...
Longe da realidade que me amargura e me aprisiona no tormento...